Power TK
Eletrônica

Power TK


Montei uma fonte linear não regulada com saída de 9 V e 2,5 A. 


Antes de prosseguir, peço para quem tiver interesse em fazer montagem deste tipo a ler as advertências. Qualquer equipamento ligado à tomada pode causar um acidente fatal, portanto deve ser manipulado apenas por quem tem a devida qualificação.

A fonte original da Microdigital para o TK90X tem o mesmo princípio que o Power TK, porém só fornece 600 mA na saída. Com este valor, só é possível alimentar o próprio computador com um periférico de baixo consumo. Se ligar uma interface de drive Beta, que puxa bastante corrente, a tensão cai a ponto de comprometer o funcionamento do sistema.


Resolvi, como desafio, não usar um suporte como placa de circuito impresso ou ponte de terminais na montagem. Simplesmente usei fios, solda e macarrão termocontrátil. O circuito todo montado ficou da forma exposta acima.

O transformador é o principal componente deste projeto, usei um de secundário com tomada central de 9+9 V e 3 A. Este tipo de secundário é interessante por precisar somente de 2 diodos retificadores. Apesar de poder fornecer até 3 A, o projeto do Power TK adotou um limite conservador de 2,5 A, para evitar manter o transformador e os diodos no seu limite máximo.


O primário pode ser de 127 ou 220 V, selecionado com uma chave H-H. Há dois tipos de primário nos transformadores: com um enrolamento e uma tomada central (3 fios) ou com dois enrolamentos (4 fios). A ligação na chave H-H depende do tipo e, no caso deste projeto, era do tipo de 4 fios (vermelho, verde, amarelo e preto); simplesmente foi seguida a instrução fornecida junto a este componente.

Na chave H-H de seleção 127/220V foram ligados dois fios azuis, que foram soldados a uma outra chave H-H, desta vez de liga-desliga. Em paralelo, foi ligado um capacitor de 100 nF para filtrar algum ruído ou transiente eventual (advertência: para este tipo de aplicação deve-se usar capacitor de classe X2; o uso de uma classe inadequada é um risco sério à segurança). Finalmente, foi soldado um rabicho à chave liga-desliga.

Eu tinha considerado incluir um varistor, mas como não possuía no estoque um de tamanho menor, abandonei a ideia.


Nas extremidades do secundário do transformador (fios amarelos) foram soldados os catodos dos diodos 1N5408 (1000 V por 3 A). Os anodos foram soldados entre si e, a estes, um fio branco que é o polo positivo da fonte.

Na tomada central do secundário (fio preto, não aparece na foto) foi soldado um porta-fusível (de corpo preto, com fios vermelhos) contendo um fusível pequeno de 3 A. Este é o polo negativo da fonte.

Para a filtragem, foi usado um capacitor eletrolítico de 4700 µF por 16 V. O ideal seria usar um de 25 V, pois esta fonte pode chegar a 13,5 V, muito próximo dos 16 V, mas não havia um deste no estoque. Em paralelo ao eletrolítico, foi soldado um capacitor de disco cerâmico de 100 nF por 50 V. Sua função é de filtrar frequências elevadas que o eletrolítico não dá conta, por causa de sua indutância (o eletrolítico é feito de folha enrolada de alumínio, que age como uma bobina). Todo o conjunto foi isolado com macarrão termocontrátil.

Aos polos positivo e negativo foi ligado um LED azul em série com um resistor limitador de 1,5 kΩ. O resistor não aparece porque está sob o macarrão termocontrátil.

Completando o circuito de saída, foi ligado um cabo com par de fios paralelos aos polos positivo e negativo e, à outra extremidade, um conector RCA fêmea. O polo positivo foi colocado no conector central. Para ligar à fonte ao TK, basta usar um cabo com conectores RCA macho e plugue P2 mono.


Com tudo soldado, o circuito todo foi acomodado na caixa CF-125 da Patola. As chaves H-H foram afixadas nos lugares já existentes na caixa, assim como o LED. Na parte traseira da caixa há duas fendas, uma delas passou-se o cabo do rabicho e na outra o cabo com conector RCA. O transformador ficou preso por pressão, entre lâminas de EVA que foram colados nas partes superior e inferior da caixa com cola de contato.



Com um pouco de jeito, apesar do aperto, conseguiu-se acomodar tudo na caixa. O capacitor eletrolítico foi colocado num macarrão de diâmetro grande só para garantir proteção contra curto, mas não foi feito aquecimento pois não era necessário fazê-lo contrair.


Como toque final, foi impressa a figura acima numa etiqueta (Pimaco A5Q-2050®) que foi colada na caixa, e impermeabilizada com Contact®.



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