O aquário fica num móvel de madeira feito sob medida e tem capacidade para 50 litros d’água. No momento possui três peixes dourados que não sei identificar (são maiores que os peixinhos dourados comuns), três carpas (segundo o vendedor) e uma lagosta filtradora. As plantas são artificiais (plástico) então a iluminação não faz tanta falta.
Ao desmontar a parte superior e levar lá fora pra limpar e revisar a fiação notei que o trabalho não seria tão fácil. A parte de cima acumulou muita umidade devido a evaporação da água e acabou corroendo os fios, parafusos, pregos (os fios foram presos com pregos) e soquetes da lâmpada. Os fios apresentavam aquela corrosão verde típica do cobre e estavam quebradiços. Os pinos da lâmpada estavam tão corroídos que foi difícil tirá-la dos soquetes (segunda foto abaixo).
Notei que todo esse arranjo original era precário e perigoso demais. A lâmpada fluorescente vai ligada diretamente à tomada via reator eletrônico, sem isolação. A fiação corre pela tampa a uns 10 cm acima da água. Como não é bom misturar água com eletricidade resolvi retirar todo aquele sistema carcomido pela corrosão e trocar por algo mais eficiente e seguro.
Para manter o sistema seguro e evitar choques o ideal seria trabalhar com uma tensão o mais baixa possível. Quanto a eficiência fica óbvio que a melhor solução são os LED’s brancos. Recentemente comprei um pack de 25 e separei 5 destes para o aquário.
Pode parecer pouco, mas como o aquário não é plantado a iluminação serve apenas para dar um visual melhor ao conjunto. Confesso que no começo não sabia se somente 5 LED’s dariam conta, por isso bolei um sistema que pode ser expandido caso necessário. Cheguei a este numero após testar os LED’s no protoboard. Primeiro coloquei um e fui aumentando a quantidade até conseguir uma boa iluminação.
Cada LED destes tem uma tensão direta típica de 3V com uma corrente de 20mA. Como escolhi a tensão de alimentação de 12 V pra aproveitar uma fonte tijolinho que eu tinha aqui o valor do resistor de limitação ficou em 470 Ohms. O grande problema destes LED’s é o ângulo fechado de emissão (aproximadamente 15 graus). Para contornar esse problema usei a dica do Wlip na revista PicList número 1 e cortei a cabeça dos LED’s com a microretifica e lixei as laterais. Com estas modificações os LED’s passaram a espalhar melhor a luz. Os LED’s ficaram assim:
Aqui vai um aviso: se estiver trabalhando com LED’s brancos evite olhar diretamente pra eles quando ligados. Se fizer isso mesmo por um curto intervalo o efeito não é muito agradável. Você fica com aquela imagem de um ponto branco mesmo com os olhos fechados. Quanto mais LED’s mais bolas brancas vão ficar na sua retina...
Continuando... Peguei um pedaço da boa e velha placa universal e cortei em cinco pedaços com um furo para fixação. Usei um resistor por LED e nesse arranjo caso ocorra algum problema com um elemento os demais não são afetados. Cada placa tem um resistor e um LED e fica ligada em paralelo com as demais ao longo da tampa do aquário. A tampa de madeira colaborou com a fixação que precisou somente de um parafuso atarrachante por plaquinha.
Ao todo o sistema consome 1.1W aproximadamente, contra 20W da lâmpada fluorescente. Claro que pode não ter a mesma capacidade de iluminação, mas gostei do resultado. Nas fotos abaixo dá pra ver a diferença. O sistema já está funcionando a algumas semanas e o único problema que detectei foi o do acumulo de umidade que mais cedo ou mais tarde vai acabar causando a corrosão das placas, fios e terminais. Começando por uma foto do aquário iluminado apenas pela luz do quarto, com a câmera sem flash e com a iluminação de LED’s desligada:
Nas mesmas condições mas com a iluminação de LED’s ligada (ao vivo é bem mais legal):
Mais uma. Desta vez com as luzes do quarto apagadas:
Agora uma vista dos LED’s acesos com a tampa do aquário aberta:
E pra finalizar, um dos ilustres habitantes do aquário: